terça-feira, 31 de março de 2009

VALMIR JORDÃO LANÇA LIVRO NA CULTURA


Hai Kaindo na Real & Outros Poemas traz o melhor da produção mais recente e mais antiga do poeta independente

O poeta sem papas nos versos Valmir Jordão está de volta, sem nunca ter se ausentado. Depois de quase dez anos sem publicar novos poemas (em livros ‘solo’), o performer lança sua nova composição, no próximo dia 8 de abril, quarta-feira, a partir das 19h, na Livraria Cultura do Paço Alfândega.

Na ocasião vai haver também, além do tradicional recital, a exibição dos documentários Ninguém me ama, ninguém me quer, ninguém me chama de Baudelaire (UNICAP/2004), de Pedro Saldanha e Diego Mello; e Onde estará a norma? (UNICAP/2007), de Bárbara Cristina, Jacqueline Granja e Patrícia Gomes.

Valmir está de volta sem nunca ter se ausentado porque, apesar da década desde Poe Mas, nesse período participou ativamente nos palcos e nos bastidores da poesia urbana de Pernambuco. Editou, entre 2002 e 2006, com Cida Pedrosa, Lara e Miró, a coletânea Marginal Recife, que guardou a poesia de 50 poetas alternativos da capital e seus arredores (incluindo a dele).

Poeta performático dos melhores em atividade hoje, fez parte de recitais legendários, ao lado de expoentes da corpoeticidade como Miró, Lara, França, Malungo, Cida Pedrosa e tantos outros. Entre as récitas mais marcantes, a do Parque da Jaqueira, em 2002, com a Orquestra Sinfônica de Recife; as do Chá das Cinco, em 2007 e do Outras Paradas, em 2008, no Festival de Inverno de Garanhuns e em outros eventos do Estado, financiados pela Fundarpe; e as do Eu, Poeta Errante, do Poeta França, em diversos momentos entre 2000 e 2007.

Valmir está de volta e de cima. Hai Kaindo na Real & Outros Poemas, como o título deixa transparecer, são duas obras em uma. Primeiro, a produção mais recente, haikais desconcertantemente líricos e/ou corrosivos. Desde o sem título: “O rio corre / As árvores curvam-se / O outono passa.” até Da Segurança: “Contribuinte otário! / Anda bem mais confiante / o ladrão do erário”. E na segunda parte, uma seleção dos poemas mais antigos, recolhidos em suas três décadas de poesia, completadas nesse ano, como a mais famosa de suas pérolas, o poema Justiça Total: “Coca para os ricos. / Cola para os pobres. / Coca-Cola é isso aí!”.

Apresentações à parte, o lançamento do livro é uma excelente oportunidade para se conhecer, rever e guardar parte da história da nossa literatura urbana e das ruas, vendida em bares e declamada em público, tradição começada, nessas bandas, pelo Movimento dos Escritores Independentes, na década de 80, e mantida pelos polemicamente chamados de Marginais, dos 90 em diante. Movimentos em que Valmir deixou sua marca.

O livro, de 86 páginas e contando 48 poemas, tem prefácios de Antonio de Campos e do saudoso Poeta França, além de ilustrações de Jorge Lopes, Camilo Maia, Diogo Todé, Henrique Koblitz, Flavão e Joana Velozo; e edição de Du Nascimento. A obra, que foi produzida com o apoio do SINTTEL – Sindicato dos Trabalhadores em Telefonia de Pernambuco, está sendo lançada ‘oficialmente’ em Recife neste evento, mas já foi muito celebrada na Feira Internacional do Livro de Porto Alegre, e na Balada Literária de São Paulo, em novembro do ano passado.

SERVIÇO:

Lançamento do livro Hai Kaindo na Real & Outros Poemas, de Valmir Jordão
na Livraria Cultura – Rua Madre de Deus, s/n – Paço Alfândega – Recife
no dia 08/04/2009, às 19h

Contatos
8618 4337 – Valmir Jordão
2102 4033 – Livraria Cultura

Texto de André Telles do Rosário

sábado, 28 de março de 2009

O MOVIMENTO VIA ALTERNATIVA SOCIALISTA PARTICIPA DA COMISSÃO PRÓ-CONFERÊNCIA DE COMUNICAÇÃO - PE





O MVAS-PT participa das mobilizações para realização da conferência estadual de comunicação, para a direção do movimento é fundamental que o governo do estado a exemplo do governo federal realize a conferência tão debatida e reivindicada pelos movimentos sociais ao longo dos anos e por entender que o direito à comunicação é fundamental na luta por uma sociedade mais justa, já que concentração da comunicação em nosso país é um dos fatores de exclusão da classe trabalhadora.
Com o objetivo de levantar questões referentes a política pública na área da comunicação foi criada a comissão pró conferência de Pernambuco, várias organizações participaram do encontro estadual organizado pela comissão, realizado nesta sexta-feira dia 26 de março no auditório do SINDSP-PE. Na agenda estão previstos encontros mensais com o intuito de manter os debates atualizados, além de discutir temas específicos dentro do contexto do direito à comunicação. A próxima reunião será realizada no dia 23 de abril a partir das 09:00hs com as notícias sobre o que foi realizado pela Comissão e o que deverá ser efetivado posteriormente, e na parte da tarde, o debate temático, no mesmo local (Rua João Fernandes Vieria, nº 67, Boa Vista, Centro). O tema a ser debatido é “Os donos da mídia: Concessões e propriedade.” e o acesso é livre para todas as pessoas que tenham algum interesse em saber mais sobre as políticas de concessões públicas no país.

Mais informações a cerca da comissão estão no blog www.cpccpe.blogspot.com

quarta-feira, 25 de março de 2009

MOVIMENTOS SOCIAIS SE MOBILIZAM EM DEFESA DO EMPREGO


ATO INTERNACIONAL UNIFICADO CONTRA A CRISE

A Central Única dos Trabalhadores e o movimento sindical, social e estudantil estarão novamente unidos nas ruas no próximo dia 30 de março, segunda-feira, para dizer não à crise e às demissões e exigir a redução drástica da taxa de juros, recursos para os investimentos em políticas públicas e a defesa dos direitos trabalhistas e sociais.

Trabalhadores e trabalhadoras não pagarão pela crise

O Brasil vai às ruas na próxima segunda-feira, 30 de março. Os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade estarão unidos contra a crise e as demissões, por emprego e salário, pela manutenção e ampliação de direitos, pela redução dos juros e da jornada de trabalho sem redução de salários, pela reforma agrária e em defesa dos investimentos em políticas sociais.
A crise da especulação e dos monopólios estourou no centro do sistema capitalista, os Estados Unidos, e atinge as economias menos desenvolvidas. Lá fora - e também no Brasil -, estão sendo torrados trilhões de dólares para cobrir o rombo das multinacionais, em um poço sem fim, mas o desemprego continua se alastrando, podendo atingir mais 50 milhões de pessoas.
No Brasil, a ação nefasta e oportunista das multinacionais do setor automotivo e de empresas como a Vale do Rio Doce, CSN e Embraer, levaram à demissão de mais de 800 mil trabalhadores nos últimos cinco meses.
O povo não é o culpado pela crise. Ela é resultante de um sistema que entra em crise periodicamente e transformou o planeta em um imenso cassino financeiro, com regras ditadas pelo "deus mercado". Diante do fracasso desta lógica excludente, querem que a classe trabalhadora pague a fatura em forma de demissões, redução de salários e de direitos, injeção de recursos do BNDES nas empresas que estão demitindo e criminalização dos movimentos sociais. Basta!
A precarização, o arrocho salarial e o desemprego enfraquecem o mercado interno, deixando o país vulnerável e à mercê da crise, prejudicando fundamentalmente os mais pobres, nas favelas e periferias. É preciso cortar drasticamente os juros, reduzir a jornada sem reduzir os salários, acelerar a reforma agrária, ampliar as políticas públicas em habitação, saneamento, educação e saúde, e medidas concretas dos governos para impedir as demissões, garantir o emprego e a renda dos trabalhadores.
Manifestamos nosso apoio a todos os que sofreram demissões, em particular aos 4.270 funcionários da Embraer, ressaltando que estamos na luta pela readmissão.
O dia 30 também é simbólico, pois nesta data se lembra a defesa da terra Palestina, a solidariedade contra a política imperialista do Estado de Israel, pela soberania e auto-determinação dos povos.
Com este espírito de unidade e luta, vamos construir em todo o país grandes mobilizações. O dia 30 de março será o primeiro passo da jornada. Some-se conosco, participe!

NÃO ÀS DEMISSÕES!
REDUÇÃO DOS JUROS!
REDUÇÃO DA JORNADA SEM REDUÇÃO DE SALÁRIOS E DIREITOS!
REFORMA AGRÁRIA, JÁ!
POR SAÚDE, EDUCAÇÃO E MORADIA!
EM DEFESA DOS SERVIÇOS E SERVIDORES PÚBLICOS!
SOLIDARIEDADE AO POVO PALESTINO!

VALMIR JORDÃO LANÇA SEU NOVO LIVRO NA CULTURA


No próximo dia 08/04 o poeta Valmir Jordão lança seu novo e surpreendente livro HAI KAINDO NA REAL E OUTROS POEMAS(ed.escalafobética), com as já conhecidas poesias inteligentes e uma boa dose de humor ácido o novo livro do Valmir traz um misto de poesias novas e antigas do público da boa poesia marginal do Recife.

NO AUDITÓRIO DA LIVRARIA CULTURA
Paço Alfândega
R. Madre de Deus, s/n
às 19:00hs
08 de abril

segunda-feira, 23 de março de 2009

A ATUAL OFENSIVA CONTRA O MST


Nos últimos dias, a imprensa vem veiculando uma série de matérias
sobre o MST, que expressam uma ofensiva das forças de direita. Por
isso, colocamos em nosso blog essa esclarecedora entrevista do membro da direção nacional do MST João Paulo Rodrigues, para explicar a posição do Movimento sobre os principais temas
expostos.

A que se deve a reação do ministro Gilmar Mendes?
O Ministro Gilmar Mendes foi transformado no mais novo líder da
direita brasileira, desde sua posse como presidente do Supremo
Tribunal Federal. E ele está se comportando assim, honrando seu novo
papel. É ágil para defender o patrimônio, mas lento para defender
vidas. Ataca os povos indígenas, os quilombolas, os direitos dos
trabalhadores, os operários e defende os militares da ditadura
militar. Enfim, agora a direita brasileira tem seu Berlusconi
tupiniquin. E ele opina sobre tudo e sobre todos. Aliás, ele está
devendo para a opinião pública brasileira uma explicação sobre a
rapidez como soltou o banqueiro corrupto Daniel Dantas, que financia
muitas campanhas eleitorais e alicia grande parte da mídia.

Mais grave, a revista Carta Capital denunciou que o Instituto
Brasiliense de Direito Público, vinculado ao Mendes, recebeu 2,4
milhões de recursos públicos, inclusive do STF, do Tribunal Superior
Eleitoral e até do Ministério da Defesa, dirigido por seu amigo Nelson
Jobim. Como líder da direita, Mendes procura defender os interesses da
burguesia brasileira e fazer intenso ataque ideológico à esquerda e
aos movimentos sociais, para pavimentar uma retomada eleitoral da
direita em 2010. Serra não precisa se preocupar, já tem um cabo
eleitoral poderoso no STF.


O que aconteceu em Pernambuco?

O conflito no Pernambuco é uma tragédia anunciada. As 100 famílias
estão acampadas há oito anos. Duas áreas estão em disputa. Os
fazendeiros usaram de todas as artimanhas judiciais para impedir a
desapropriação de suas áreas não utilizadas, que servem apenas de
especulação imobiliária. As famílias trabalham e plantam na área,
tiram dela seu sustento. Sofreram mais de 20 despejos. Na semana
passada, depois de mais um despejo pela Polícia Militar, o fazendeiro
contratou pistoleiros que foram no acampamento fazer provocações,
armados. Perseguiram e espancaram um dos líderes do acampamento.

Nesse clima de tensão e ameaças permanentes às famílias acampadas,
alguns acabaram reagindo e no conflito houve a morte de quatro
pistoleiros. O MST repudia a violência. No Brasil há muitos outros
acampamentos, em igual situação de tensão e conflito. Até quando vão
esperar para realizar a Reforma Agrária?

O que aconteceu no Pontal?

Na região do Pontal do Paranapanema, no estado de São Paulo, há um
passivo de conflito agrário pendente há quatro décadas. Existem por lá
mais de 400 mil hectares de terras públicas estaduais, com sentenças
judiciais reconhecendo que são públicas. Portanto, os fazendeiros
ocupantes são grileiros. E precisam sair das terras, pelas quais
receberiam a indenização pelas benfeitorias. Desde o governo Mario
Covas, o processo de discriminação e indenização dos
fazendeiros-grileiros está parado. Com isso o problema só se agrava.
Agora, na semana do carnaval, os quatro movimentos de sem terra que
atuam na região realizaram ocupações de protesto em diversas fazendas.

A repercussão foi imediata. Por duas razões: primeiro porque os
fazendeiros possuem muitas ligações políticas na capital. Um deles
inclusive era sócio do Fernando Henrique na fazenda de Buritis. Outro
tem vínculos com a rede Bandeirantes, e por aí vai. E o segundo motivo
é que José Rainha, que não faz parte de nenhuma instância de decisão
política do MST, anunciou que as ocupações do seu movimento eram em
protesto ao governador José Serra. Pronto. O tema se transformou em
disputa eleitoral. As repercussões do Pontal revelam que até outubro
de 2010, viveremos essa novela, da imprensa e seus partidos
transformaram as disputas de terra do Pontal em tema eleitoral.

Entidades do meio rural são acusadas de desviar recursos para
ocupações. Isso procede
?

O MST nunca usou nenhum centavo de dinheiro público para realizar
ocupações de terra. Por uma questão de princípio, as próprias famílias
que participam das ocupações dos latifúndios, devem assegurar os
recursos necessários para a essa ação política. É aqui que reside a
força do MST e é um elemento educativo para as famílias que fazem a
luta pela reforma agrária.

Acontece que desde o governo Fernando Henrique Cardoso, o Estado
brasileiro, dilapidado pela onda neoliberal, deixou de cumprir suas
funções relativas ao setor público agrícola. O Estado não garante mais
educação no meio rural, alfabetização, assistência técnica, saúde.
Então, foi no governo FHC que eles estimularam o surgimento de ONGs,
entidades sem fins lucrativos, para substituir as funções do Estado. E
passaram recursos para essas entidades.

Vale lembrar que a ONG Alfabetização Solidária, da dona Ruth Cardoso,
recebeu mais de R$ 330 milhões de dinheiro público para a
alfabetização de adultos.

Surgiram então em áreas de assentamento diversas entidades - algumas
ligadas aos assentados, outras não - para suprir as funções do Estado,
realizando atividades de assistência técnica, de atendimento de saúde,
de alfabetização. E recebem recursos do Estado para isso. Estranhamos
que a imprensa cite apenas as entidades que apóiam a reforma agrária e
são ligadas aos assentados, e omitem os milhões de reais repassados
para ONGs ligadas ao PSDB, à Força sindical, aos ruralistas. Somente o
SENAR (Serviço Nacional de Assistência Rural) recebe milhões de reais,
todos os anos. Sendo que há processos no TCU de desvio de federações
patronais em proveito pessoal de seus dirigentes.


O que aconteceu com as escolas itinerantes no Rio Grande do Sul?
Durante o governo Antonio Britto (PMDB-PPS) foi assegurado o direito
das crianças de ensino primário estudarem no próprio acampamento. O
estado colocava professores da rede pública e as aulas eram dadas em
salas organizadas no acampamento. E quando o acampamento mudasse de
local ou as famílias fossem assentadas, a escola ia junto, assegurando
a continuidade do ensino àquelas crianças. Essa experiência exitosa
recebeu prêmios e foi adotada por outros estados, como o do Paraná.

Após a eleição do governo tucano de Yeda Crusius, se formou uma
conjuntura política de ofensiva da direita na imprensa, no Ministério
Publico Estadual e na Brigada Militar. Eufóricos com a vitória
eleitoral, passaram a criminalizar, perseguir e reprimir os movimentos
sociais, seja os professores, metalúrgicos, desempregados ou o MST.
Nesse contexto, a atual governadora e o Ministério Público atuaram
para suspender as aulas nos acampamentos e levar as crianças para os
colégios da cidade. Ou seja, não hesitaram em prejudicar as crianças
para atingir politicamente o MST.

Por outro lado, o governo Yeda Crusius já fechou outras 8.500 turmas
em todos os municípios do estado, a maioria no meio rural, apenas para
poupar recursos, e assegurar o famigerado déficit zero As prefeituras
dos municípios aonde existem acampamentos já disseram que é impossível
levar as crianças para a cidade. São Gabriel, por exemplo, teria que
gastar R$ 40 mil mensais. Enquanto atualmente o estado gasta R$ 16 mil
para atender os oito acampamentos em todo estado. Felizmente, as
escolas foram autorizadas pelo Conselho Estadual de Educação, que é o
órgão que autoriza e fiscaliza o funcionamento das escolas e aprova
seu currículo.



Cassia Bechara
Setor de Comunicação MST-PE
Fonte: CMI-Recife

sábado, 21 de março de 2009

A retomada das atividades do cabeça ativa em 2009





Bem companheiros, não poderíamos ter começado melhor nossas intervenções do Cabeça Ativa neste ano no bairro do Totó, nossa atividade foi extremamente exitosa um final de semana que a juventude do meio popular do Totó articulados em torno do nosso movimento mais uma vez mostrou a força de organização e mobilização.
No sábado dia 07/03 o dia começou com uma oficina de grafitte articulada pelas organizações Manguecrew e Cabeça Ativa com inscrições abertas, a juventude tornou o (CSU Bido Krause), local das atividades, ainda mais bonito para a comunidade, foi produzido na oficina um belíssimo painel no anfiteatro e na entrada do CSU, ainda no sábado aconteceram apresentação do grupo de Breack dance da juventude da comunidade e dos participantes do projeto escola aberta e a roda de capoeira com grupo Abaúna capoeira também do Totó. A parte política ficou por conta do movimento Cabeça Ativa na coordenação da roda de diálogo que teve como tema: Cabeça Ativa: Juventude e movimento popular o debate contribuiu para construção da carta programa do movimento Cabeça Ativa que logo mais estaremos disponibilizando no blog, a roda de diálogo contou também com a presença da EQUIPE – Escola de formação quilombo dos palmares.
No segundo dia de atividades domingo 08/03 dia internacional da mulher iniciamos nossas atividades com um aulão de capoeira coordenado pelo grupo Abaúna, o aulão contou com a presença de crianças e jovens da comunidade que aprenderam os primeiros passos da capoeira e fechamos o dia com chave de ouro com mais uma edição do Ensaio Aberto, evento que já faz arte da agenda da cena alternativa do bairro do Totó e adjacências, contou com a presença das bandas: Delamancha, Ataque Frontal, Canção da rosa atômica, Geração mangue e Mc Júnior e a banca.Mais uma vez o nosso movimento movimentou o bairro do Totó e o nosso importante espaço público CSU Bido Krause com muita música, dança, arte, diversão e acima de tudo discussão política e fortalecimento das organizações populares como COP (Conselho das Organizações populares) que nosso movimento fundou a partir da nossa retomada, mas, é só o começo vem muito mais pela frente valeu Cabeça Ativa!

domingo, 8 de março de 2009


A crise e a arrogância do ocidente
Por Leonardo Boff


Em todos os países se estão buscando saídas para a crise atual. Mais que crise, no meu modo de ver, estamos diante de um ponto de mutação de paradigma que está prestes a ocorrer. Mas está sendo protelado e impedido pela arrogância, típica do Ocidente. O Ocidente está perplexo: como pode ele estar no olho da crise, se possui o melhor saber, a melhor democracia, a melhor consciência dos direitos, a melhor economia, a melhor técnica, o melhor cinema, a maior força militar e a melhor religião?

Para a Bíblia e para os gregos essa maneira de pensar, constituía o supremo pecado, pois as pessoas se colocavam no mesmo pedestal da divindade. Eram logo castigadas ao desterrro ou condenadas à morte. Chamavam essa atitude de hybris, quer dizer, de arrogância e de excesso. Ouçamos Paul Krugman, Nobel de economia de 2008, no dia 3 de março no New York Times:?Se você quer saber de onde veio a crise global, então veja a coisa dessa forma: estamos vendo a vingança do excesso; foi assim que nos atolamos nesse caos; e ainda estamos procurando uma saída?. Não se dizia antes greed is good? A ganância que é excesso, é boa?

Arrolemos outra citação do insuspeito Samuel P. Huntington em O choque de civilizações: ?É importante reconhecer que a intervenção ocidental nos assuntos de outras civilizações provavelmente constitui a mais perigosa fonte de instabilidade e de um possível conflito global num mundo multicivilizacional?. Huntington explica que é a arrogância que o move a estas intervenções. Os ocidentais pretendem saber tudo melhor. Johan Galtung, norueguês, um dos mais proeminentes mediadores de conflitos do mundo, trabalhou três anos tentando mediar a guerra no Afeganistão. Afastou-se, decepcionado e irritado, denunciando: ?a arrogância ocidental impede qualquer acordo; este só é possível à condição de os talibãs se submeterem totalmente aos critérios ocidentais?.

Talvez a forma mais refinada de arrogância foi e é vivida pelo Cristianismo, especialmente sob o atual Pontífice. Rebaixou as outras Igrejas negando-lhes o titulo de Igrejas. Impugnou as demais religiões como caminhos para Deus.

Mas tem antecessores mais severos: Alexandre VI (1492-1503) pela bula Inter Caetera dirigida aos reis de Espanha determinava: ?pela autoridade do Deus Todo-Poderoso a nós concedida em São Pedro, assim como do Vicariato de Jesus Cristo, vos doamos, concedemos e entregamos com todos os seus domínios, cidades, fortalezas, lugares e vilas, as ilhas e as terras firmes achadas e por achar?. Nicolou V (1447-1455) pela bula Romanus Pontifex fazia o mesmo aos reis de Portugal. Concedia ?a faculdade plena e livre para invadir, conquistar, combater, vencer e submeter a quaisquer sarracenos e pagãos em qualquer parte que estiverem e reduzir à servidão perpétua as pessoas dos mesmos?.

Dá para ir mais longe no excesso e na hybris? Apagou-se totalmente a memória do Nazareno que pregava o amor incondicional e que todos somos irmãos e irmãs.

A arrogância do Ocidente impede que os chefes de Estado, face à atual crise, se abram à sabedoria dos povos e busquem uma solução a partir de valores compartilhados e de uma visão integradora dos problemas da Casa Comum, ferida ecologicamente. Nos discursos de Barack Obama ressoa a arrogância tipicamente norteamericana de que os EUA ainda vão liderar o mundo. É uma liderança montada sobre 700 bases militares espalhadas por todo o mundo e munidas com armas de destruição em massa, capazes de dizimar a espécie humana e deixar atrás de si uma Terra devastada. Essa liderança arrogante não queremos.

fonte: midiaindependente.org

terça-feira, 3 de março de 2009

O ótimo comentário do companheiro Samuel Sena, sintetizou nossa última mobilizção e traz um dado importante do pós carnaval


Temos SIM que lutar por nossos direitos, Mas não podemos nos esquecer que não é apenas com palavras que vencemos uma guerra, e sim com ações, diálogos, requerer que o que é nosso de direito, Seja Feito.

Alguns Dados do Carnaval 2009.

461 ônibus depredados no Carnaval

Prejuízo R$ 63 mil
Com o término do Carnaval, os recifenses guardarão, durante um bom tempo, as boas lembranças dos cinco dias de festa. No entanto, outras marcas desse período também ficarão estas, causando vários transtornos a foliões e não foliões. Este ano, um total de 461 ônibus foram depredados em atos de vandalismo na Região Metropolitana do Recife. Um aumento de 63% em relação ao Carnaval de 2008. O prejuízo foi de R$ 63 mil.

"A maior prejudicada é a própria população, pois cai a prestação de serviço. Vários ônibus param de circular e quem sofre são as pessoas que dependem dos coletivos", afirmou o diretor de operações do Grande Recife Consórcio de Transportes, Manoel Marinho. Segundo ele, este custo será repassado no próximo cálculo das tarifas. “Significa que, da próxima vez que houver aumento nas passagens, o dinheiro gasto com o conserto dos coletivos, devido às depredações, será computado.” reclamou a estudante Ana Carolina, 21.
Mesmo seriamente danificados, alguns coletivos ainda estão circulando pela RMR sem oferecer segurança necessária aos passageiros. Em relação a isto, a diretoria do Grande Recife afirmou que se estes veículos forem flagrados circulando, a empresa será sujeita a autuação de multa, mas o valor ainda não foi estipulado
As linhas mais prejudicadas foram as que atendem ao bairro do Ibura, no Recife, e à cidade de Olinda.
Fonte: Folha de Pernambuco Sexta-Feira 27 de fevereiro de 2009.

O que nos compete fazer, como Movimento Estudantil e Popular?!
CONSCIENTIZAÇÃO!

É Evidente que não são apenas estudantes que depredam Ônibus mas todos que praticaram esses atos, de autônomos a pequeno-empresários, prejudicam o sistema de transportes (Que já encontra-se em péssimo estado), e os maiores afetados com esse ato, somos nós, Estudante e TRABALHADORES.
Queremos Transporte Público de Qualidade e se o transporte é público,coletivo, tem que ser BARATO!

Samuel Sena
Militante do MVAS-PT